. . Sou Pisciana*

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É impossível compreender minhas verdadeiras motivações, porque elas mudam o tempo todo, como as marés dos oceanos. Há tantas pessoas dentro de mim, que os outros se perguntam quando a verdadeira pisciana irá surgir e aparecer. Ver a relatividade da verdade é um grande dom, porque torna-me tolerante e compassiva. Consigo ficar sentada calmamente enquanto meu amante vai
embora, minhas crianças me insultam, meu chefe empilha insultos sobre minha cabeça e o proprietário de meu apartamento me despeja. ''Piscianas parecem aceitar o azar como se tivessem nascido com ele, esperá-lo e, até mesmo, dar-lhe as boas vindas''. Mas sei algo que os outros signos não sabem: todo esse sofrimento humano tem pouco significado quando seus olhos e seu coração estão focalizados no grande Uno.É preciso admitir que há piscianas por aí que são quase uma caricatura do pensamento racional e científico. Esses são os peixes assustados com o caos de suas próprias profundezas. .Incrivelmente rígidas. Tenho uma sensação intuitiva de outras realidades, algo mágico. . É difícil enganar uma pisciana. No entanto, enquanto outros responderão defendendo a si mesmos e acirrando ressentimentos, eu olharei, verei, sentirei pena e perdoarei. Muitas vezes deixo que os outros se aproveitem de mim, não porque sou ingênua, mas porque sinto pena de todo o tipo de gente. Sou também uma romântica incurável. Nasci romântica e serei sempre uma romântica. Não importa o trabalho mais seguro, o status social mais convencional e o orçamento que garanta minha pensão na velhice, trocarei todos por flores, a qualquer momento. . Afinal sou pisciana.*



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ah ...

Ah, se todo dia fosse como aquele em que você acorda gostando mais de si, em que nada pode te deter. Ah, se mágoas se curassem com a mesma rapidez com que se curam nossos machucados na infância. Ah, se fazer fosse tão fácil quanto simplesmente falar. Ah, se saudade não apertasse. Ah, se aquela mensagem vinda em biscoito da sorte realmente funcionasse. Ah, se tivéssemos um pouco mais de sorte. Ah, se a vida tivesse a tranqüilidade como aquela encontrada em certas músicas que vez ou outra ouvimos. Ah, se o amor fosse apenas a sensação boa das borboletas no estômago. Ah, se certos bons ‘acasos’ da vida ocorressem com mais freqüência. Ah, se sempre pudéssemos enxergar o lado bom das coisas não tão boas. Ah, se houvessem mais acontecimentos extraordinários como o pôr-do-sol de todos os dias. Ah, se parássemos de pensar tanto e agíssemos mais. Ah, se todos pudessem amar como se nunca houvessem amado alguma vez antes…
 

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