Dizem que a felicidade é a gente quem faz. Tento a cada dia fazer a minha, mas como ninguém é feliz sozinho, não depende só de mim. Espero um dia poder olhar pra trás e dizer que todos os esforços e todas as dores me fizeram crescer, independente dos resultados.
Depois passar de semanas vivendo a mesma rotina, com os mesmos pensamentos, chorando pelo mesmo motivo, resolvi me desligar. É, tirei minha tomada, antes que eu desse um curto-circuito e explodisse, pois era o mais provável de acontecer. Eu precisava respirar. Precisava usar meus olhos para outra coisa que não fosse derramar lágrimas, queria que eles brilhassem, de alegria por estar bem, pelo menos um minuto que fosse. Uma hora a gente cansa. Cansa de sofrer, de chorar, de buscar soluções absurdas pra situações complicadas. Um dia eu pensei. Pensei como nunca pensei antes. Pensei em todos os motivos, todas as hipóteses, tudo o que aconteceu e tudo o que poderia acontecer dependendo de uma simples decisão do agora. Pensei demais. Pensei e percebi que há muito mais por trás dos problemas que a gente enfrenta. Que na vida, não há só uma prioridade à ser realizada. Resolvi pensar apenas para o agora e para um pouco mais tarde, nada muito distante. Porque até o futuro distante chegar, o presente e o futuro mais próximo já mudaram muita coisa. Resolvi ficar bem, pelo menos tentar. Usar aquelas prioridades para ocupar meu tempo e minha cabeça e tentar esquecer um pouco dos problemas. Tudo o que eu quero agora é um tempo. Um tempo de tudo e de todos. Um tempo pra mim. Não sei o que farão os outros durante esse tempo. Não sei se vou reencontrar pessoas importantes que agora eu deixo ir. Talvez quem eu não esqueço, me esqueça. Talvez não. Nunca dá pra saber. Mas depois de tanta dor, decidi pagar pra ver.
in Textos meus
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